quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Coligação denuncia eventual favorecimento político

Na reunião camarária de ontem à tarde, um dos “pontos fortes” em discussão foi a proposta de declaração de interesse público referente ao projecto de investimento da INVESTMAD – Imobiliária SA.

O vereador da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA, António Jorge Lopes, recusou-se a participar na respectiva votação e garantiu que será apresentada queixa no Ministério Público e na Inspecção-Geral da Administração Local, pois a tramitação de tal projecto “aponta para um eventual favorecimento político” e “o projecto não reúne os requisitos para a declaração de interesse público”.

No aceso debate que travou com os socialistas Joaquim Ramos, Luis de Sousa e Marco Leal, o vereador da coligação de centro-direita desmontou toda a argumentação da maioria socialista e identificou as várias incongruências que indiciam a existência de um eventual favorecimento à INVESTMAD.

António Jorge Lopes pôs em causa o facto da empresa ter adquirido um terreno contíguo à zona industrial de Azambuja, que se encontra classificado no Plano Director Municipal como “Espaço Florestal”, e agora pretender a declaração de interesse público para construir um armazém de logística.
“A empresa comprou um terreno sem aptidão urbanística, logo mais barato, e agora pretende desafectar o terreno para construir um armazém”, denunciou o vereador da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA.

Outra questão que Jorge Lopes levantou foi a de que a empresa promotora sempre classificou o referido investimento como sendo um “Armazém de Logística” (nomeadamente, na ficha de caracterização da operação urbanística) e só depois de reuniões com a Câmara de Azambuja é que o “Armazém” passou a ser considerado um “Centro Empresarial”, com o objectivo de merecer a declaração de interesse público.

Aliás, o vereador da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA demonstrou que as próprias peças desenhadas que constam do projecto de licenciamento se referem a um Armazém de Logística e não a um Centro Empresarial constituído por 16 unidades, supostamente destinadas a empresas de pequena dimensão.
“Basta ver uma das peças desenhadas para ver que não existem acessos às 16 unidades, mas apenas duas entradas e os cais de carga” referiu António Jorge Lopes.
De forma peremptória, o nosso vereador afirmou que “a empresa apenas pretende construir um armazém e que a designação de Centro Empresarial só serve para conseguir a declaração de interesse público do projecto, única forma para ser possível a construção no terreno!”.

O vereador da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA pôs ainda em causa a forma como este processo de licenciamento foi tratado pela Câmara de Azambuja.
“O pedido de licenciamento do Armazém entrou nos serviços no dia 30 de Setembro e no dia 6 de Outubro a Câmara apenas notificou a empresa para juntar a memória descritiva, sem nunca referir que o terreno em causa está classificado como “Espaço Florestal””, esclareceu Jorge Lopes.
A empresa não respondeu no prazo dos 15 dias úteis que lhe foram fixados pelos serviços municipais, “mas a Câmara não rejeitou o pedido nem suspendeu o processo de licenciamento (contrariando a sua própria notificação)”, denunciou o nosso vereador.
A memória descritiva é entregue no dia 29 de Dezembro e, pela primeira vez, existe uma referência em como o terreno está em “Espaço Florestal”, pelo que a empresa pede à Câmara de Azambuja o reconhecimento de interesse público
No dia seguinte (30 de Dezembro), o Director de Urbanismo exarou o despacho de concordância com tal reconhecimento e o presidente da Câmara também exarou um despacho para que se elaborasse a proposta de declaração de interesse público. Perante esta manifesta “rapidez” processual, António Jorge Lopes afirmou que “este é um processo-foguete!”.

Joaquim Ramos foi incapaz de responder a todas estas incongruências e limitou-se a afirmar que o processo de declaração de interesse público se justifica porque “na memória descritiva a empresa manifesta a intenção de criar cerca de 200 postos de trabalho”.
António Jorge Lopes esclareceu que “a criação de postos de trabalho não é suficiente para o reconhecimento de interesse público” e denunciou que “a memória descritiva fala em 200 postos de trabalho, mas também diz que muitos destes serão montadores das próprias instalações”.

A proposta acabou por ser aprovada com o voto favorável da maioria socialista e com o voto contra do vereador da CDU. O vereador da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA não participou na votação e garantiu que será apresentada queixa no Ministério Público e na Inspecção-Geral da Administração Local. A proposta terá agora de ser submetida à apreciação da Assembleia Municipal.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Coligação quer Dignificação da Assembleia Municipal

Ontem, reuniu-se a Conferência de Representantes, órgão consultivo do presidente da Assembleia Municipal de Azambuja, na qual participam os líderes de cada Grupo Municipal.

Além da análise aos tristes acontecimentos da última sessão da Assembleia Municipal (que pode ver aqui), a Conferência de Representantes também abordou a tão necessária alteração às regras de funcionamento da própria Assembleia Municipal.

Neste momento, estão “em cima da mesa” duas propostas totalmente distintas. A que foi apresentada pela Mesa da Assembleia, que apenas prevê meia-dúzia de alterações ao Regimento, mantendo-se o actual modelo de funcionamento. E a Proposta de Alteração Global defendida pela Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA, que consagra uma nova visão para a Assembleia Municipal.

A Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA defende a Dignificação da Assembleia Municipal de Azambuja, quer enquanto verdadeiro órgão fiscalizador da Câmara Municipal, quer como principal fórum de debate sobre os desafios de desenvolvimento que se colocam ao Município de Azambuja.

Assim, a nossa Proposta de Alteração Global ao Regimento da Assembleia Municipal tem em vista a concretização, nomeadamente, dos seguintes objectivos:

1. Implementação de Novo Modelo de Funcionamento, nomeadamente no que respeita ao tempo de intervenção dos Grupos Municipais e da Câmara Municipal, o qual passa a ser diferenciado em função do assunto em discussão.

Por exemplo, a discussão das Grandes Opções do Plano e do Orçamento será realizada aos sábados à tarde, durante um período máximo de 160 minutos (90 minutos para os Grupos Municipais e 70 minutos para a Câmara Municipal).

2. Institucionalização do Debate Anual sobre o Estado do Município de Azambuja.

3. Consagração de Debates Temáticos, com o objectivo de analisar matérias específicas da política municipal e nos quais poderão participar individualidades e/ou responsáveis dos serviços municipais.

4. Reforço dos direitos dos Deputados Municipais, designadamente no que respeita ao prazo de convocação das sessões ordinárias (que é alargado para 10 dias) e na possibilidade de, uma vez por ano, cada deputado municipal poder realizar uma intervenção independentemente da vontade do seu Grupo Municipal e cujo tempo não é contado para o período de tempo atribuído a cada Grupo Municipal.

Agora cabe aos restantes Grupos Municipais (PS, CDU e BE) decidirem se apoiam ou não a proposta da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA e, dessa forma, permitirem que também a Assembleia Municipal de Azambuja se modernize, conquiste o seu espaço como verdadeiro órgão fiscalizador da Câmara Municipal e assuma o seu papel activo na construção de um Novo Futuro para Concelho de Azambuja.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Nova Praça de Touros

Em declarações ao jornal VIDA RIBATEJANA, o presidente da Câmara de Azambuja assume que o processo de parceria público-privada para a construção da nova Praça de Touros deverá ser analisado pela autarquia ainda durante o corrente mês de Janeiro, sendo que o custo previsto é de 5 a 6 milhões de euros.
Por seu turno, o vereador da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA, António Jorge Lopes, recorda que sempre defendeu a requalificação da Praça de Touros, mas neste momento "não vivemos um tempo de vacas gordas".


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in VIDA RIBATEJANA, 30/12/2009

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Presidente da Câmara não respeita Oposição

A Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA não aprovou as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2010.

Pedro Coelho, em nome dos deputados municipais da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA, proferiu a seguinte DECLARAÇÃO DE VOTO na última reunião da Assembleia Municipal:

«Tal como na sessão extraordinária da Câmara Municipal de Azambuja, que se realizou no dia 17 de Dezembro de 2009, a Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA não participou na discussão do Ponto 2 da Ordem de Trabalhos – Plano de Actividades Municipais, Orçamento para 2010 e Plano Plurianual de Investimentos 2010-2013 -, porque o Sr. Presidente e a maioria socialista não cumpriram com o disposto no artigo 5.º, n.º 3 do Estatuto do Direito da Oposição (Lei n.º 24/98, de 26 de Maio).

Nós respeitamos a legitimidade democrática da maioria socialista.

Mas, a maioria socialista tem a obrigação legal e ética de respeitar os direitos da Oposição, nomeadamente o direito de audição prévia quanto às propostas de orçamentos e planos de actividades.

E não foi isso que aconteceu, pois o Sr. Presidente e a maioria socialista não perguntaram à Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA quais as propostas e prioridades que, em nosso entender, deveriam constar dos documentos de gestão referidos.

Assim, o Sr. Presidente e a maioria socialista, conscientemente, violaram o dever de consulta prévia das Oposições.

O PS confunde maioria absoluta com poder absoluto e com verdade absoluta.

Ora, esta atitude absolutista e autista da maioria socialista é lamentável.

Até porque já ficou bem demonstrado que o Concelho de Azambuja tem muito a ganhar quando o Sr. Presidente e a maioria socialista escutam a Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA.
A título de exemplo, recordamos o nosso contributo positivo nas questões do Projecto “Lusolândia” e da reestruturação dos Serviços de Saúde no Concelho de Azambuja.

Reafirmamos que a Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA respeita a legitimidade democrática da maioria socialista e a vontade clara do Povo do Concelho de Azambuja, expressa recentemente nas urnas.

Não queremos “forçar” a maioria socialista a abdicar do seu programa eleitoral.

Queremos, isso sim, que as Oposições sejam previamente auscultadas na elaboração dos Planos de Actividades Municipais e respectivos Orçamentos.

Pois estamos certos que ninguém é dono da verdade absoluta e que o Concelho de Azambuja teria muito a ganhar com a inclusão de propostas e projectos apresentados pelas Oposições.

Por último, recordamos ao Sr. Presidente que não pode continuar a fazer “tábua rasa” do Estatuto do Direito da Oposição.

O Sr. Presidente pode discordar da Lei. Mas tem de a cumprir.

Por isso, a Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA vai dar conhecimento da presente Declaração de Voto ao Exmo. Senhor Provedor de Justiça.

Não obstante o acima dito, a Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA entendeu que deveria votar abstenção, pois estes documentos de gestão são os primeiros deste mandato e temos a expectativa de que no futuro a maioria socialista respeitará o Estatuto do Direito da Oposição.

Azambuja, 29 de Dezembro de 2009

Os Deputados Municipais
da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA
António Godinho, Manuel Couceiro, Isabel Franco e Pedro Coelho»

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Saúde: Coligação apresenta 5 medidas

Na última reunião da Assembleia Municipal, o grupo de deputados municipais da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA apresentou um conjunto de medidas relativas à reestruturação dos Serviços de Saúde no Concelho de Azambuja.

António Godinho, que fez uma intervenção de fundo sobre a problemática da Saúde no Concelho de Azambuja, informou a Assembleia Municipal que reuniu com o presidente do Agrupamento dos Centros de Saúde - ACES, Carlos Ferreira, e revelou as 5 medidas essenciais que têm de ser implementadas pela Câmara Municipal de Azambuja e pelas Juntas de Freguesia, sob pena da reestruturação prevista para o início deste mês causar sérios prejuízos aos utentes do Concelho de Azambuja.

5 Medidas

1. Acompanhamento da evolução do número de utentes sem Médico de Família, do modo como esta situação é resolvida e da forma como esses utentes serão atendidos na UCSF;

2. Informação ampla, generalizada e atempada aos Munícipes sobre as novas formas de atendimento na UCSF, horários e marcação de consultas;

3. Monitorização da implementação das novas formas de atendimento na UCSF;

4. Definição com o ACES de acordos para a formação dos funcionários das Juntas de Freguesia;

5. Implementação de um Plano de Formação destinado aos funcionários das Juntas de Freguesia, por forma a habilitá-los na marcação de consultas e nos pedidos de renovação de medicação.