Na última sessão da Assembleia Municipal, o ainda presidente da Câmara Joaquim Ramos justificou a paragem nas obras de construção da nova Escola Básica e Jardim-de-infância de Azambuja com o “simples” facto do Tribunal de Contas ter negado o visto prévio.
Mas, Joaquim Ramos nunca disse porque o Tribunal de Contas negou o visto…
Agora, com a publicação do Acórdão do Tribunal de Contas, a verdade veio ao de cima!
O Tribunal de Contas negou o visto para a adjudicação da obra às Construções Torrão porque foram violados os princípios da concorrência, igualdade e imparcialidade.
Como se pode ler no Acórdão, paira a suspeita “que o programa de concurso e o caderno de encargos foram feitos à medida da sociedade adjudicatária [Construções Torrão], já que o único sócio desta participou (…) previamente em tais peças procedimentais [como sejam o Programa do Concurso e o Caderno de Encargos], com vantagem sobre os demais concorrentes, podendo, por esta via, adequar aquelas peças procedimentais ao conteúdo da proposta por si a apresentar, por forma a que a obra lhe fosse adjudicada, ou lhe fosse adjudicada com um grande grau de probabilidade”.
Mas, a Empresa Municipal de Infra-Estruturas de Azambuja (EMIA), liderada pelo ainda presidente da Câmara de Azambuja, também não escapa à dura censura do Tribunal de Contas. No Acórdão pode ler-se que “(…) ao ter permitido que a sociedade adjudicatária fosse admitida a concurso, e consequentemente a sua proposta, praticou um «acto» susceptível de falsear as regras da concorrência” e dessa forma violou nomeadamente o artigo 58.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 59/99, de 2 de Março.
De forma resumida, não podemos deixar de dar conta dos factos concretos que originam esta boa decisão do Tribunal de Contas:
Mas, Joaquim Ramos nunca disse porque o Tribunal de Contas negou o visto…
Agora, com a publicação do Acórdão do Tribunal de Contas, a verdade veio ao de cima!
O Tribunal de Contas negou o visto para a adjudicação da obra às Construções Torrão porque foram violados os princípios da concorrência, igualdade e imparcialidade.
Como se pode ler no Acórdão, paira a suspeita “que o programa de concurso e o caderno de encargos foram feitos à medida da sociedade adjudicatária [Construções Torrão], já que o único sócio desta participou (…) previamente em tais peças procedimentais [como sejam o Programa do Concurso e o Caderno de Encargos], com vantagem sobre os demais concorrentes, podendo, por esta via, adequar aquelas peças procedimentais ao conteúdo da proposta por si a apresentar, por forma a que a obra lhe fosse adjudicada, ou lhe fosse adjudicada com um grande grau de probabilidade”.

De forma resumida, não podemos deixar de dar conta dos factos concretos que originam esta boa decisão do Tribunal de Contas:
- Sérgio Fernandes Torrão, proprietário das Construções Torrão, foi sócio e membro do conselho de administração da EMIA, respectivamente, até 16 de Setembro e 15 de Outubro de 2008.
- No dia 8 de Abril de 2008, na qualidade de administrador da EMIA, Sérgio Torrão esteve presente numa reunião em que um técnico fez o ponto de situação relativo a diversas obras, tendo afirmado “que se encontravam prontos os processos para lançamento do procedimento com vista à execução das empreitadas Escola Básica e Jardim-de-infância da Azambuja por Concurso Público”.
- A 14 de Julho de 2008, a EMIA recebeu as dez propostas de empreitada, sendo que uma das propostas pertencia à empresa Construções Torrão, apesar de Sérgio Torrão ainda fazer parte do conselho de administração da EMIA!
- No passado dia 14 de Janeiro, a obra da construção da nova Escola Básica e Jardim-de-Infância de Azambuja foi "finalmente" adjudicada pela EMIA às Construções Torrão.
Neste processo, a EMIA esteve muito mal.
As Construções Torrão não tiveram qualquer pingo de vergonha.
O ainda presidente da Câmara nada fez para impedir a violação das mais elementares regras da transparência e da imparcialidade e consentiu que este concurso público se desenvolvesse “à medida” das Construções Torrão.
É cada vez mais tempo da Câmara de Azambuja ser gerida com rigor, seriedade e transparência.
É por isso que aqui estamos.
É por isso que contamos consigo. É por isso que podem contar connosco!
Pelo Futuro da Nossa Terra!
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